A Evolução da Linguagem publicitaria no Brasil:
No final do século XIX a principal mercadoria dos reclames eram os negros, venda ou pagamento de gratificação por capturar algum que houvesse fugido. Com o tempo, por volta de 1808 chega o jornalismo no Brasil, trazendo como base o modelo da propaganda impressa da Europa.
Nessa fase os anúncios já tinham a intenção de divulgar produtos, casas, serviços, medicamentos e etc... Esses anúncios surgiram pela primeira vez na Gazeta do Rio de Janeiro (o primeiro jornal do Brasil). A linguagem era bem simples e não tinham nenhum tipo de apelo, só em 1875 surgem os primeiros reclames com gravuras.
A partir de então, começaram a surgir os primeiros LETREIROS, esses painéis deram origem aos atuais outdoors. Em 1891 é fundada a primeira agência de publicidade do Brasil, nomeada de Empresa de Publicidade e Comércio e era responsável pela corretagem dos reclames periódicos da época.
No inicio do século XX a propaganda começava a adquirir uma linguagem mais apurada e persuasiva. Na década de 20 surgem os "departamentos de propaganda" que ficavam nas grandes empresas como Mesbla, GE e vários laboratórios.
Na década de 30 aparecem várias agencias de propaganda no Brasil e são criadas associações como a ABP (Associação Brasileira de Propaganda). Os cartazes das décadas de 30 e 40 apareciam em bondes e cafés.
Em 1970 a a Primeira Escola de Propaganda de São Paulo se transforma e ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing com várias especializações. A partir de então começam a surgir os primeiros "experts" em marketing, criação de jingles, roteiros de rádio e etc...
Aos poucos a linguagem publicitaria foi se aperfeiçoando com a utilização de recursos semióticos pelo jogo de palavras, as figuras e os neologismos. Predominando a criatividade tanto no texto quanto nas ilustrações.
Resumido, a publicidade no Brasil se caracteriza por três fases: a 1ª, dos reclames de linguagem simples publicados nas Gazetas e nos Almanaques, a 2ª, dos intelectuais, onde era utilizado o talento de escritores, poetas , jornalistas e artistas na criação dos anúncios e a 3ª, a dos profissionais, que são pessoas contratadas e vinculadas à agencias a qual dedicam todo o seu tempo no desenvolvimento de peças publicitarias, jingles e tudo o que diz respeito ao produto que se quer divulgar.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
Releitura da carta de Pero Vaz de Caminha (atualizada)
Faço como os demais capitães das outras embarcações que relataram a descoberta de uma Terra Nova, tentando ser fiel a tudo o que presenciei.
Partimos de Belém na Segunda-feira, 9 de março. Já no dia 14, estávamos nas Canárias e a margeamos durante todo o dia. No dia 22 pudemos ver a ilha de S. Nicolau. No dia seguinte o barco de Vasco Ataíde se perdeu sem motivo aparente, o capitão se esforçou para encontrá-lo, mas não achamos.
Seguimos nosso caminho e lá pelo dia 21 de abril, umas 660 léguas a frente, percebemos sinais de terra. Vimos um grande monte redondo, que o capitão nomeou de Monte Pascoal e, ao restante das terras de Terra de Vera Cruz.
Ficamos a uma distância segura da praia e aguardamos o amanhecer para fazer um reconhecimento. Avistamos alguns homens andando na praia, de sete a oito. Baixamos os botes para chegar à praia.
Quando chegamos à praia, já haviam quase 20 homens, eles tinham a pele mais escura e andavam pelados, carregavam com eles arcos e flechas. Trocamos presentes. Ao verem o colar do capitão, apontavam para o colar e para a terra, o que nos fez entender que na região havia ouro e prata.
Levamos alguns deles à embarcação e seguimos em frente. Em um nova parada encontramos muito mais homens na praia, apesar do receio de todos, o encontro foi amigável.
Depois que ganhamos a confiança do nativos, trouxemos nossas bandeiras e os sacerdotes, onde passaram o dia comungando. A partir desse momento resolvemos investigar a região e percebemos o quão vasta e próspera era essa terra.
Talvez minhas palavras não definam o que realmente presenciei, mas tentei fazê-lo da melhor forma possível.
Deste Porto Seguro, Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
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